segunda-feira, 8 de setembro de 2008

Sozinho no escuro

Morar sozinho envolve muito mais coisas do que eu imaginava. Envolve fazer refeições sozinho, envolve ter que acordar sozinho (sim, sem ter sua mãe para chamar, ameaçar, brigar, entre outras coisas que só as mães sabem fazer para acordar um filho). E, principalmente, envolve você enfrentar seus medos – SOZINHO. Um dia poderei discorrer sobre todos eles em vários posts, mas hoje quero contar sobre o meu primeiro medo enfrentado aqui no nº102.


Chuva é uma coisa boa para as plantas, minha mãe sempre me ensinou isso. Mas, nunca gostei de temporais, nunca mesmo. A não ser aqueles típicos de uma linda tarde de verão quando você está numa cidade beira-mar, olhando aquele céu azul que continua intensamente azul mesmo com o temporal.


Não era o caso de ontem à noite, quando tudo começou. Chovia muito e ficar no escuro é mais assustador quando não tem ninguém do seu lado, nem velas e fósforos. Sim, acabou a luz, e por quê? O temporal. Está explicado o porquê não gosto de temporais, não está?! Bem, choveu muito, realmente choveu, mas continuei lendo o meu livro. De repente, acabou a luz de uma só vez.


Primeiro pensamento:

- Ahhh!!!

Segundo pensamento, um pouco mais sensato:

- Desliga tudo e tira tudo da tomada!

Terceiro pensamento, o trauma:

- Cadê as velas?


Sim, nesse momento me dei conta que não tinha comprado velas ou fósforos. Então, presumi, hora de conhecer os vizinhos. Primeiro vizinho, 101 não estava em casa, não é de se espantar quando se trata de um sábado à noite. Segunda tentativa, 100, uma garota, uma garota simpática que me emprestou algumas velas, fósforos e “iluminou” minha noite. Ela fez com que eu enfrentasse meus medos e posso dizer que não me sai tão mal assim.

6 comentários:

Unknown disse...

quem era essa garota heim Sr Augusto? heim, heim?

Débora Antunes disse...

Eu tenho uma dica, aumenta essa fonte hahaha. Eu também gostava de usar a fonte bem pequena (é, eu tenho um blog secreto que só eu posso ver), mas agora vejo que isso não ajuda na vista.
Esses dias fiquei sem luz aqui também, não enxergava nada, pessoas batiam na porta e eu nem conseguia achar a chave, no final das contas era Manu para me chamar pra ficar lá com elas e com as velas enquanto todo o cortiço gritava (aqui também é meio Mundial, quando acaba a luz as pessoas gritam).

Luciana Hsu disse...

Olá Sr Augusto... espero que nosso site realmente o ajude a enfrentar novos desafios... e a arte de cozinhar certamente é um deles... eu não moro só... mas moro no 102...
hhehhe

Débora Bravo disse...

Os textos estão ótimos. Super te entendo Sr. Augusto, pra minha sorte quando eu morava sozinha não tive problemas nem com barata e nem com a falta de luz. \o/

Carlos d'Andréa disse...

Sr. Augusto, gostei deste e do post anterior! O texto está bem escrito. O sr. pretende dar dicas e orientações para quem mora sozinho? Rendem pautas. Senti falta da presença da srta Paiva também. Carlos

Mary Azevedo disse...

É, blackout é dureza, mas uma vizinha legal sempre ajuda, néééééé?